sábado, 11 de dezembro de 2010

O abatedouro de pombos - I

Tiros no meio da estrada,
sangue na beira do riacho,
uma cruz de madeira-
no meio da praça central.

Plantação de cana,
estupro de damas,
o sol é testemunha
-do sangue que veio com a missão.

-Trago a salvação!
O escravo próximo é você!
Que nada tem de dizer,
a respeito dessa nossa expansão!

2 comentários:

bru pirenco disse...

se naum falarmos, falarão por nós; esse é o perigo! nos contarão historias sob a ótica dos exploradores e assassinos religiosos santificados pelo voo de uma pomba estupida.

Indira Bastos disse...

"Quem cala consente"

Somos frutos de uma geração perdida entre tecnologia e exclusão.
Falta sentimento.
Falta comunhão.
Falta humildade.
Mas não falta ganância.
Não falta falsos heróis.