quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Eu, o relógio e o cimento.

Eu, sozinho e confuso em meu apartamento,
Varrendo a vaidade como flores ao vento,
Comendo a castanha estragada em meio ao cimento,
Estabelecendo metas como se fosse dono do tempo.

Eu, sozinho e confuso em meu apartamento,
Rasgando as contas deixadas pelo tempo,
Observando o relógio como se fosse um monumento,
Beatificando santos que antes eram cimentos.

Eu, o relógio e o cimento,
E a vaidade,e a castanha,
E as flores, e o vento,
Sozinho, confuso, no tempo.

11/01/2010

Um comentário:

Indira Bastos disse...

Pow...
me achei no meio dessa confusão...
pois tenho uma bem parecida.

Parabéns!
Mui boaa!