quinta-feira, 26 de março de 2009

até o fim

Esmeralda como sua avó, negra como sua avó, assim era a menina que morava em um lugar muito longe daqui.

Numa bela tarde de primavera, com dezenas de arvores na rua, Esmeralda saiu de sua simples casa, no começo da rua, para ir ao fim, na casa de sua amiga Dandara.

Sempre descalça. na rua de terra Esmeralda caminhou... caminhou... poucos metros por entre as sombras das arvores, quando viu uma colorida borboleta. suas cores pareciam a de um belo arco-íris.

Observou os gestos no ar, e começou a imitá-los. seus braços viraram coloridas asas que batiam lentamente. de sombra em sombra elas estavam indo ao fim da rua. a borboleta guiava Esmeralda.

Asas, braços. braços, asas. foram voando e andando. lento... lento... lento... as asas não mais guiava. a borboleta largou o ar, pousou na terra. Esmeralda parou. e a colorida borboleta disse: continue sem mim. este é o ciclo da vida. estou feliz por ter te guiado.

Esmeralda enxugou a salgada lagrima que fugia dos olhos e continuou caminhando até o fim da rua.



pirenco

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