sábado, 14 de agosto de 2010

CAMOMILA

Quando a água ferve
o mato desidratado
vira novamente flor.
Entra corpo a dentro,
guela a baixo,
aquietando os tantos sentidos,
abraçando a ânima, a alma
o espírito, as vibrações.
Suave, porém rude.
Disfarça, agarra com força.
Aperta, enquanto adormece.
Intorpece.
Retira as dores,
mas faz sangrar.

Um comentário:

Fran Yan Tavares disse...

Muito bom o jogo de palavras... a poesia é assim mesmo um jogo de armar, desconcertar, asfixiar, amar...

enveredarei por aqui mais vezes!

http://materiadepoesia.blogspot.com