“Ao invés de investir R$ 1 milhão ou R$500 mil em um museu municipal, é melhor calçar algumas ruas”. É assim que se começa todo e qualquer debate de repartição de verba na administração pública, e aqui não vale citar as cidades que cabe essa realidade, são milhares.
E me inclino a levantar a bandeira que cultura e governabilidade traçam caminhos tortuosos em que a prioridade de um é o declínio do outro, fato. Museu não dá voto, paralelepípedo dá.Realidade. Museu, dependendo do seu gestor, educa. Paralelepípedo calça as ruas de areia para os carros passar.
A gente tem que escolher entre saneamento básico e o museu. Aliás, a gente não tem que escolher é nada. Uma cidade que tem esgoto a céu aberto, não tem condições de gastar a verba da cultura com a cultura, tem que gastar com esgoto.
O que tem de vagabundo que sustenta essa idéia - são muitos. Autogestão cultural para não depender desse tipo de gente. Se a exposição interessa a seu bairro ou sua rua, monte-a. A rua pode ser essa com esgoto a céu aberto e sem paralelepípedo. Os objetos estão na sua cabeça.
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"Museu é o Mundo"
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