quarta-feira, 2 de março de 2011

Depois do Bom Fim.



Tenho minhas indagações de que Sclyar só morreu por essas horas, depois de adentrar pra academia brasileira de Letras, aquele antro  acadêmico  improdutivo. Se não tivesse adentrado pra'quela casa de 'célebres' contribuintes da literatura nacional, carregaria seu legado, tijolo a tijolo, por mais uns anos.

Mas...

Prefiro ficar com as minhas recordações do livro A GUERRA DO BOM FIM pelo qual, Sclyar percorre sua infância nas ruas do Bom Fim, bairro da distante Porto Alegre. Neste romance, o autor coloca, com maestria, a ficção num ponto crucial da realidade vivida por um garoto judeu e por uma comunidade totalmente diferente-indiferente do seus costumes e hábitos.  Com pitadas de humor, ele recorre ao imaginário bairristico para expressar com serenidade o posicionamento social de seu povo naquele circulo social, sempre dentro de uma ação, de um corre-corre, de lembranças.

Moacyr Sclyar contribuiu de forma gaúcha para com a literatura nossa, para com a forma realismo-ficção de expressar seus sentimentos, e necessidades de expor e confirmar seus costumes dentro de uma escrita oficial. Depois do Bom Fim, o que nos sobrou foram as formas, a ousadia, a gurizada correndo na rua... sempre.

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