quarta-feira, 23 de março de 2011

Bolacha de sal e bolacha doce.

Eu como bolacha de sal,
ela come bolacha doce,
um bancário ela queria que eu fosse,
mas tenho vocação mesmo é pra vida agridoce.

Orgulho-me de não cair em desgraça,
e de não andar por aí vestindo máscaras.

Mas, o meu amor mesmo é por ela,
que come bolacha doce.
E queria que nosso querer fosse assim,
feito sal e doce.
Nem me importa o que ela queria que eu fosse,
bancário, mascarado, desgraçado, que fosse!
Desde que eu esteja com ela,
que come bolacha doce.


29/01/2010

2 comentários:

bru pirenco disse...

a beleza deste escrito está no dialogo desequilibrado entre o sal e o doce de um amor comido.

Anga Mazle disse...

Delicioso quem nem bolacha salgada (não gosto da doce).

Drummondiano como Drummond em seus quase raros bons momentos.