Eu como bolacha de sal,
ela come bolacha doce,
um bancário ela queria que eu fosse,
mas tenho vocação mesmo é pra vida agridoce.
Orgulho-me de não cair em desgraça,
e de não andar por aí vestindo máscaras.
Mas, o meu amor mesmo é por ela,
que come bolacha doce.
E queria que nosso querer fosse assim,
feito sal e doce.
Nem me importa o que ela queria que eu fosse,
bancário, mascarado, desgraçado, que fosse!
Desde que eu esteja com ela,
que come bolacha doce.
29/01/2010
2 comentários:
a beleza deste escrito está no dialogo desequilibrado entre o sal e o doce de um amor comido.
Delicioso quem nem bolacha salgada (não gosto da doce).
Drummondiano como Drummond em seus quase raros bons momentos.
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