sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Cantinho bagunçado

Por sorte todos temos um cantinho bagunçado aonde a ordem não chega nunca. Pode ela gritar, lutar, espernear, criar teorias que caibam em bandeiras, que mesmo assim não conseguirá ordenar o nosso cantinho. Há pessoas que têm o fígado em desalinhamento com a ordem do corpo; outras têm a cabeça, que pouco ou muito lêem o mundo; já eu, tenho o coração em desordem – meu cantinho bagunçado. Nele carrego os meus amores femininos, os lugares verdes por onde passei, os amigos que tive e que tenho, as pessoas que vi apenas uma vez e que carregam todos os possíveis e impossíveis bons adjetivos do mundo...
Esse cantinho que carrego é só meu, e nenhuma teoria é capaz de ordená-lo. Pois nele vivo. E vivo desconfiado de que o cantinho bagunçado em minha amada possa ser o mesmo que o meu.



pirenco

3 comentários:

Danilo Cruz disse...

Cada um tem sua bagunça, cada um se encontra na sua própria bagunça. No seu próprio cantinho. Não há ordem, e sabemos onde tudo se encontra. Natureza/ Natural. Não oficial. O canto não oficial. Não tem ordem, e o que reina é a beleza da desordem.

Anônimo disse...

a nossa suavidade radical sem qualquer interferência... tenho esse canto tbm, relicário onde sou feliz.

jaque disse...

mas isto está na sua cara.