quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O indigente.

Essa massa de ar,
soprando do carro.
Subindo o asfalto,
voando alto.

Flutuando o planalto,
Sem tato,
como um morto indigente descalço,
que volta depois pra mim,
como se fosse um parto.

Subindo o asfalto,
sem tato,
vem de carro,
na padaria do lado.

Esse calor,
essa massa de ar,
quente.
É como um morto indigente descalço,
que volta depois pra mim,
como se fosse um parto.

Um comentário:

Tilene Carneiro disse...

Nossa, quantas imagens, Bru! Adorei aqui, depois passo com mais calma ;)
Beijão