segunda-feira, 12 de julho de 2010

Luz de um vôo

Através da janela vê imagens surdas que o som a ensurdece. Deitada sem querer se mexer, a janela lhe é o passaporte intimo para o mundo quadrado. Mergulha nos devaneios profundos do aquário seco e se afoga em si. Lucia nesta noite quase fria está sem vontade de juntar os cílios; acordada, observa os detalhes que a janela lhe trás: violência; vaidade; vulgaridade. Lucia calmamente se levanta, vai até a janela e num salto se entrega ao vôo do sexto andar de seu apartamento.




pirenco

Nenhum comentário: