terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Sem açucar.

Não é
doce como musse
de manga ou de
maracujá.

Nem é
tão esclarecedor
nem fatal
como o Wikileaks.

Ou
tão sincera
quanto a bomba
da Coréia do Norte.

A calma do mar
que derrepente
vira carma.

Como a paz
de um monge
pegando fogo.

O chocolate
dentro da caixa,
Lacta.

Doce, não é.
Doce.

3 comentários:

Unknown disse...

Grande blog esse seu Danilo. Já está linkado no zine Tralala.
Moro em Floripa mas manda o teu endereço e um selo que eu te envio um zine tralala.
Para mim oxigenio e criar são as mesmas coisas.
Abraços da resistência...

Indira Bastos disse...

"A calma do mar
que derrepente
vira carma."

o que previsível
se torna monotonia
sem graça,
sem açúcar,
sem afeto.

PAULO FERREIRA / PAULERO disse...

Aos 12

Com açúcar e vinagre
Um bolo de leite-agre
Fuga das manhãs quentes
Após noite de músculos latentes

Andejo moribundo
Entre o quarto e o corredor, o banheiro e a cozinha
A vizinha e as da folhinha
Que nessas manhãs quentes não são só minhas

Menino-homem das manhãs
Açúcar, vinagre e leite
Sangue e músculos latentes
Língua, torpor, beiral de panela quente