“Quando só, ele se consolava com o sonho dos quartos infinitos. Sonhava que se levantava da cama, abria a porta e passava para o outro quarto igual, com a mesma cama de cabeceira de ferro batido, a mesma poltrona de vime e o mesmo quadrinho da Virgem dos Remedios na parede do fundo. Desse quarto passava para outro exatamente igual, cuja porta abria para passar para outro exatamente igual, e em seguida para outro exatamente igual, até o infinito”.
Gabriel García Márquez – cem anos de solidão
Um comentário:
Uma conotação da política. Sempre o mesmo sonho. A mesma porta, o mesmo sonho. A mesma porta, o mesmo sonho... até o infinito.
Postar um comentário