sexta-feira, 7 de maio de 2010

Sete, onze e dezoito.

Nem no dia do meu nascimento eu fiquei tão nervoso e feliz quanto esse dia que contarei a seguir. Fazia sol, mas, acredito que a temperatura não importava nesse dia. Se estivesse nevando estaria nervoso e feliz do mesmo jeito. Não lembro nem se levei blusa pra me proteger do frio. Almocei com um certo medo do resultado da digestão; minha aparência era uma mistura de felicidade e ansiedade, o que posso descrever de forma resumida como: engraçado.

Lembro muito bem... quando eu tinha sete anos assistia aos jogos do meu time sozinho, eu e a tv; e sabia desde então que jamais torceria pra outro time no mundo. Meu irmão era muito pequeno e quando cresceu, passou a torcer pro time rival. Com onze anos, eu pedia pra meu pai me levar ao estádio, mas, ele dizia sempre que não tinha tempo, nem dinheiro e que torcia pro Bahia. Era uma resposta pronta. Ele nunca me levou ao estádio. Minha sorte era que os pais dos meus amigos também diziam a mesma coisa, menos a parte de torcer pro Bahia.

Depois do almoço, no banco do carona, com o vento na cara, com a blusa, com o sol, me dirigi ao que aqui no Brasil chamamos de estádio. Emoção? Tem gente que diz que não tem emoção no estádio. Eu não consigo colocar emoção nos outros, acredito que não seja essa uma das minhas boas virtudes. Por exemplo, este texto, que conta à primeira vez que eu fui ao estádio. Só vai ter emoção mesmo por aquele que um dia sentiu a mesma coisa que eu senti. E também não saberá explicar, como eu. E finalizará o texto aqui, como eu.

2 comentários:

Soraia Moraes disse...

que lindos os seus textos, bem humorados e cheios de emoção. adorei seu blog!

aproveito pra te convidar a conhecer: www.pensamentossoltos-soraia.blogspot.com

bru pirenco disse...

Palmeiras minha vida é você!